No marco da Campanha Educação Não Sexista e Anti Discriminatória, coordenada em 14 países pelo Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), oInforme Brasil – Gênero e Educação mostra que, diferente do discurso oficial, o acesso à educação formal ainda não é igualitário quando se considera o gênero.
Coordenadora da Campanha e membro do Cladem Brasil, Ingrid Leão explica que o foco do documento é indicar que há dificuldades no acesso à educação, e que elas não se constituem só entre homens e mulheres, mas também entre os vários segmentos femininos, como mulheres que vivem na zona urbana e rural, camponesas, indígenas e afrodescendentes.
"A gente queria desfazer um pouco essa ideia de que o acesso das mulheres à educação é coisa resolvida, que está presente em praticamente todos os países da América Latina”, comenta.
O estudo, coordenado por Denise Carreira, relatora do Direito Humano à Educação (iniciativa da Plataforma DHESCA), foi apresentado ontem (25) em audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, Estados Unidos. No Brasil, o documento foi conhecido parcialmente em maio, por ocasião da Semana de Ação Mundial.
Denuncia-se os principais desafios ao acesso igualitário, como as disparidades persistentes entre as mulheres brasileiras; a manutenção de uma educação sexista, homofóbica/lesbofóbica, racista e discriminatóriano ambiente escolar; a concentração das mulheres em cursos e carreiras consideradas "femininas”,com menor valorização profissional e limitado reconhecimento social.
Camila Queiroz - Jornalista da ADITAL
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