Este é o terceiro Seminário Estadual de Prevenção aos Acidentes de Motor.
Objetivo é fortalecer as políticas de prevenção e ampliar parcerias.
Do G1 PA

Este é o terceiro Seminário Estadual de Prevenção aos Acidentes de Motor. A intenção é ampliar as parcerias no combate ao escalpelamento, fortalecer a política de prevenção, e promover a capacitação de profissionais da área da saúde e da assistência social.
Segundo a coordenadora de Mobilização Social da Sespa, Socorro Silva, mesmo com a realização de sucessivas campanhas preventivas, a resistência de barqueiros e de ribeirinhos em cobrir o eixo do motor de embarcações de pequeno e médio porte continua sendo a principal causa dos acidentes.
“Tem gente que viaja de barco e pensa que isso nunca vai acontecer com alguém da família ou consigo mesmo. Falta a noção do perigo e estamos aqui pra isso, até porque os acidentes têm vitimados mais crianças, que se sobreviverem, perdem boa parte da infância e da adolescência em consultórios e reclusas por causa do tratamento prescrito”, explica Socorro.

A jovem acredita que a iniciativa de explicar sobre como prevenir o acidente é muito importante, pois trabalha a autoestima. "Meus cabelos foram totalmente arrancados e nunca mais cresceram. Hoje ando com peruca, mas isso não me impede de ter uma vida normal, de sair e me achar bonita”, conclui Eloíza emocionada.
O seminário conta com palestras e apresentações de trabalhos sobre o assunto, além de um minicurso. De acordo com a organização do evento, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem podem participar do curso de capacitação para atendimentos às vítimas de acidentes do motor e também de uma oficina sobre a Política de Assistência Social (SUAS), também voltada ao atendimento a vítimas e familiares.
O escalpelamento é causado pela sucção dos fios de cabelos longos pelo eixo do motor das embarcações que fazem transporte de ribeirinhos nos rios da Amazônia. As principais vítimas são mulheres e crianças, que ao se aproximarem do motor, têm o couro cabeludo arrancado. O acidente provoca graves sequelas físicas e psicológicas e pode levar à morte.
Regulamentação:
Desde quando virou lei federal, em 2009, a instalação da proteção do eixo se tornou obrigatória. A partir de então, a Marinha já realizou mutirões para a instalação gratuita do componente em cerca de duas mil embarcações que estavam em situação irregular. A instalação da cobertura é gratuita, pois empresas privadas patrocinam a iniciativa.
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