O Ministério das Cidades abriu consulta pública para que a sociedade apresente sugestões à
Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Esse espaço ficará
disponível até 3 de setembro no site do Ministério das Cidades. Nesse período,
a população poderá sugerir emendas aditivas, substitutivas e supressivas nas 153
páginas da Proposta do Plansab.
Os interessados em participar da consulta pública podem se cadastrar no site do Ministério das Cidades, ler o documento e enviar sugestões. Para isso, foi criado especificamente um sistema de dados. Após o fechamento da consulta, o corpo técnico do ministério terá 30 dias para responder com justificativa as propostas enviadas.
Considerando o tema do saneamento é fundamental para a defesa do direito à saúde, os conselheiros nacionais de saúde avaliaram, na reunião mensal de maio, que o controle social terá um papel crucial para que todos os municípios brasileiros tenham, antes de 2014, um plano municipal de saneamento básico. Trata-se não apenas de uma meta, mas de fazer valer a lei 12.305/10, que condiciona repasses de recursos federais aos municípios que tiverem plano municipal de saneamento básico.
"É importante que os conselhos ajudem a lembrar as
prefeituras sobre esse prazo previsto na lei, aproveitando inclusive o período
de eleições para sensibilizar os candidatos a respeito dessa imensa
responsabilidade", propôs o conselheiro nacional José Eri Medeiros.
O plano nacional de saneamento básico, que começou
a ser debatido pelos conselhos nacionais de Saúde, Meio Ambiente, Recursos
Hídricos e das Cidades. Ainda na reunião de junho, o CNS vai apresentar
propostas de recomendações para a Conferência Rio+20.
O secretário executivo do CNS, Márcio Florentino,
lembra que um dos 16 objetivos estratégicos do Plano Nacional de Saúde sob a
chancela do Ministério da Saúde, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de
Saúde, é o de implementar ações de saneamento básico para promoção da saúde e
redução das desigualdades sociais. Faz parte desse objetivo a estratégia de
promover a inclusão, a participação e o controle social por meio de ações de
educação em saúde ambiental e saneamento básico em municípios de até 50 mil
habitantes. " Por isso, os conselhos de saúde de todo o país fazem toda a
diferença quando acompanham e marcam presença na definição de políticas de
saneamento, defendendo as principais demandas da sociedade brasileira em se
tratando de políticas sanitárias.", salienta.
Além do desafio de eliminar os rejeitos, o desafio
é mapear a falta de serviço de saneamento: 10% dos municípios brasileiros ainda
não têm plano de saneamento – e portanto passam longe da determinação por lei de
ter um plano de saneamento participativo. Apoiar os municípios para que consigam
preparar seus planos de saneamento básico também é uma preocupação do CNS,
levando em conta que, entre as diretrizes transversais que fazem interface com o
Plano
Nacional de Saúde, está a de implementar ações de saneamento básico e saúde
ambiental, de forma sustentável, para a promoção da saúde e redução das
desigualdades sociais, com ênfase no Programa de Aceleração do Crescimento.
Plano Nacional de Saneamento Básico
O Plansab foi elaborado pela Secretaria Nacional
de Saneamento Ambiental (SNSA), para ser o instrumento do Estado de condução da
política pública de saneamento básico. O plano vai definir as metas e
estratégias de governo para o setor, nos próximos 20 anos, a fim de
universalizar o acesso aos serviços de saneamento, como abastecimento de água
potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,
além de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. A meta é a universalização
do abastecimento de água potável em todo o país até 2030.
A nova versão do Plansab será apreciada pelos Conselhos Nacionais de Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Saúde e das Cidades. Depois, o documento segue para análise e deliberação do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro e da Presidenta da República, Dilma Rousseff.
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