Verba é para investimento em ações e serviços até 2014.
O Pará receberá do Ministério da Saúde recursos de R$ 85 milhões para ações e serviços na área de Saúde Bucal, até 2014. (Foto: Cristino Martins/O Liberal)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha anunciou na quinta-feira (9) que o Estado do Pará vai receber do Programa Brasil Sorridente do Ministério da Saúde recursos no valor de R$ 85 milhões para ações e serviços na área de Saúde Bucal, até 2014. O secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, e o coordenador estadual de Saúde Bucal do Pará, Evaldo Bichara, receberam a notícia do ministro da Saúde durante entrevista coletiva por videoconferência.De acordo com o Ministério da Saúde, os recursos são destinados para custear o trabalho das equipes de Saúde Bucal (ESB) vinculadas às unidades básicas de Saúde, serviços oferecidos pelos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPDs).
O anúncio oficial dos investimentos foi feito pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Saúde na sexta-feira (10), em Minas Gerais, durante cerimônia para anunciar o conjunto de ações e novos investimentos para expandir o programa Brasil Sorridente. No Pará, o anuncio foi feito durante evento em Ananindeua. O município será beneficiado com oito consultórios odontológicos, uma unidade odontológica móvel e novos equipamentos para o Laboratório de Prótese Dentária.
O Pará também será contemplado com Unidades Odontológicas Móveis, que serão destinadas aos municípios paraenses que fazem parte do Programa Brasil Sem Miséria. O objetivo é levar atendimento odontológico às populações rurais das regiões mais pobres do Estado.
O Programa Brasil Sorridente foi lançado em 2004 para realizar ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população. De acordo com o Ministério da Saúde, hoje no Brasil existem 1.304 LRPDs, 21,7 mil equipes de saúde bucal e 901 CEOs. Só em 2011, 150 milhões de atendimentos odontológicos foram realizados na rede pública. O Programa está presente em quase 90% das cidades das cinco regiões brasileiras.
Municípios que fazem parte do Programa Brasil Sem Miséria vão receber Unidades Odontológicas Móveis. Objetivo é atender populações rurais das regiões mais pobres do Estado. (Foto: Elielson Modesto/Amazônia Jornal)
O Pará tem uma cobertura de ESB de 25,03%, com 558 equipes distribuídas em todas as regiões do Estado. Dispõe de 53 LRPDs, que produzem uma média de 1.200 próteses por mês e 27 CEOs que oferecem serviços nas áreas de Endodontia (canal), Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Periodontia, Odontopediatria e Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais.Prevenção
O secretário estadual de Saúde, Helio Franco destaca sobre a necessidade de haver educação em saúde bucal, incluindo orientação sobre alimentação saudável, forma correta de escovação e higiene oral, tanto em casa como na escola, evitando assim problemas graves que exigem tratamento em média e alta complexidade. “A saúde bucal é fundamental para todo o organismo, pois tudo que falta no processamento do alimento dentro da cavidade oral vai sobrecarregar todo o sistema digestivo. Além disso, cáries e infecções bucais podem levar a casos gravíssimos e até infecção generalizada”, alertou, Helio Franco.
Câncer de boca Durante conversa com o ministro Alexandre Padilha, o coordenador estadual de Saúde Bucal da Sespa, Evaldo Bichara, solicitou apoio na aquisição de equipamentos como de raio-X panorâmico, para o diagnóstico de câncer bucal na região do Salgado, no Pará. Segundo a Sespa, após a realização de eventos científicos reunindo cirurgiões-dentistas para tratar do assunto na região, foi detectado um aumento de 80% do diagnóstico da doença.
Diante da situação, Alexandre Padilha disse que o Ministério da Saúde vai dar todo o apoio para a implantação de serviços que contribuam para o diagnóstico precoce do câncer de boca na região do Salgado.
Dificuldades
Ampliar o Programa Brasil Sorridente no Pará não será tarefa tão fácil, diz a Sespa. Segundo o coordenador de Saúde Bucal da secretaria de saúde, Evaldo Bichara, os principais obstáculos apontadas pelos gestores municipais para a ampliação do Programa são a dificuldade de fixação do profissional em municípios distantes, como o Marajó, e o subfinanciamento. Para ele, os recursos ainda não são suficientes, mas “se nós conseguirmos fazer uma gestão eficiente e fixarmos o profissional naquelas áreas é possível sim conseguir fazer com que a saúde bucal cresça. A prova disso é que municípios pequenos, que conseguiram atingir 100% de cobertura, têm quase excelência em saúde bucal básica oferecida à população”, disse Bichara.
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Do G1 PA
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