Todos os 157 anestesiologistas do município de
Belém que paralisaram as atividades na segunda-feira, 9, voltaram às atividades
normais na tarde de ontem. Muitos deles atuam nos Hospitais de Prontos-Socorros
Municipais (HPSMs) Humberto Maradei, no bairro do Guamá, e Mário Pinotti, no
bairro do Umarizal. O retorno ao trabalho se deu depois da assembleia da
categoria que avaliou o resultado da reunião ocorrida na terça-feira, 10, no
Ministério Público Federal (MPF), onde foi definido um acordo entre a
Secretarias Estadual (Sespa) e Municipal (Sesma) de Saúde.
Segundo o
presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas do Estado do Pará (Coopanest),
Luiz Paulo Mesquita, a categoria paralisou os serviços devido ao não cumprimento
do pagamento da Sesma referente aos meses de novembro e dezembro de 2011, que
envolve cerca de R$ 900 mil.
Ainda ontem, por
volta das 16h30, a paralisação dos anestesiologistas prejudicava o atendimento
no HPSM do Umarizal. No local, estava a dona de casa Enilda de Souza, 42 anos,
que acompanhava seu cunhado, Oswaldo Bittencourt Cabral, 60 anos, que estava
deitado em uma maca no corredor do hospital à espera de uma cirurgia.
"Estamos aqui no
corredor desde 00h45 de ontem (anteontem) e a informação da enfermeira é que meu
cunhado ainda não pode submeter-se à cirurgia porque não tem anestesiologista.
No último domingo (dia 8), ele sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o
levamos para o hospital do Mosqueiro, onde moramos. De lá, nos encaminharam para
o PSM do Umarizal. Na segunda-feira (dia 9), Oswaldo foi liberado e voltamos
para casa, mas quando chegamos em Mosqueiro ele teve outro AVC e cirrose, então,
voltamos para o PSM. E quando a gente chega aqui é toda essa situação difícil,
fica muito complicado", reclamou Enilda.
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