Em seu depoimento à Justiça no Fórum de Santo André, o condenado chegou a afirmar que pagou R$ 700 para comprar o revólver de um homem num parque. Segundo a promotora, essa arma foi usada para matar Eloá, e tentar assassinar Nayara Rodrigues e o policial militar Atos Valeriano. Também foi utilizada para manter reféns em cárcere privado Eloá, Nayara, Iago Vilera e Victor Campos no apartamento da vítima fatal num conjunto habitacional popular. O mesmo revólver ainda serviu para fazer disparos durante o sequestro, há três anos, entre os dias 13 a 17 de outubro.
Após ser julgado por quatro dias um júri popular, Lindemberg foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão pelos 12 crimes que respondeu. A sentença foi dada pela juíza Milena Dias. Em sua defesa, o agressor alegou que atirou em Eloá sem querer e que teria se assustado após a invasão da Polícia Militar no apartamento. Ele também tentou minimizar sua responsabilidade nos demais crimes, mas não convenceu os sete jurados (seis homens e uma mulher). A legislação brasileira, no entanto, não permite que ninguém fique preso por mais de 30 anos.
A advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, deverá entrar na Justiça com um pedido para anular o júri que condenou o seu cliente. Segundo ela, ocorreram falhas no julgamento. Lindemberg está preso na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
A promotora Daniela Hashimoto requereu que as peças do processo em que Lindemberg contou a procedência da arma que ele utilizou parar matar Eloá sejam encaminhadas ao Ministério Público para que tome as medidas necessárias. Ele falou no júri que a arma foi comprada em um parque por R$ 700. Segundo a promotora, há, portanto, também o crime de porte ilegal de arma.
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