JESABEL ACS COM ORGULHO

sábado, 21 de janeiro de 2012

Risco de meningite é maior na estação das chuvas

Febre, dor de cabeça e manchas pelo corpo são sintomas iniciais comuns de várias doenças infecciosas. Por isso, neste período chuvoso, os médicos precisam estar mais atentos às queixas dos pacientes, evitando que uma doença grave - como meningite meningocócica, dengue, leptospirose, hantavirose, febre amarela, hepatite aguda, doença de Chagas e leishmaniose - possa ser confundida com virose. O diagnóstico inicial deve ser feito por meio da história do paciente e do exame físico, daí a necessidade de o paciente contar tudo o que sente, e o médico escutar e examinar atentamente, para evitar equívocos.
A meningite é uma das doenças que têm transmissão facilitada no período das chuvas, por conta da aglomeração de pessoas em locais fechados. A doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, e não infecciosos, como os traumatismos.
Devido à gravidade, merecem maior preocupação as meningites bacterianas meningocócica, pneumocócica, tuberculosa e a causada pelo Haemophilus influenza, que acometem as membranas do sistema nervoso central, chamadas de meninges. Alguns desses agentes, como é o caso do Haemophilus tipo B, o Meningococo tipo C e o Pneumococo, podem ser evitados com vacinas que fazem parte do calendário básico de vacinação.
ATENDIMENTO
Atualmente, no Sistema Único de Saúde (SUS), o diagnóstico é feito na Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM), inaugurada em abril de 2011 no Hospital Universitário João de Barros Barreto, resultante de parceria da instituição com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Todos os pacientes com suspeita de meningite devem ser encaminhados à UDM pelas Unidades Básicas de Saúde e instituições hospitalares, inclusive privadas.
Segundo a médica infectologista e diretora da UDM, Maria José Leão Lima, a unidade é referência para todo o Estado. A diferença é que, quando necessário, o paciente do SUS fica internado no “Barros Barreto”, que é referência em infectologia, e os demais retornam para tratamento nas unidades de origem.
Ela explica que, quando o paciente chega, é avaliado pelo médico e, se tiver sintomas de meningite, é feita a punção lombar do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. Com o diagnóstico confirmado, o paciente inicia imediatamente o tratamento na própria UDM, que dispõe de oito leitos, sendo quatro de isolamento, além de sala de punção e três consultórios, com atendimento feito por equipe multidisciplinar. O serviço é mantido pela Sespa, que paga os recursos humanos e insumos.
Segundo Maria José Lima, a UDM atende em média 170 pacientes por mês, mas a tendência é que esse número aumente no período chuvoso, “uma vez que é o primeiro inverno que a unidade está enfrentando, já que começou a funcionar em abril do ano passado”.
REFERÊNCIA
A Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM) funciona no Hospital Universitário João de Barros Barreto, na Rua dos Munducurus, 4487, bairro do Guamá. Telefones: (91) 3201-6632/6633. (Agência Pará)

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