
A discussão na AL foi solicitada pelo deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).
Roberto Cláudio ressaltou que a Constituição de 1988 garantiu ao povo brasileiro equidade à saúde pública, regulamentando o SUS. Em 1991, foram criados os agentes de saúde, “que levaram o SUS a cada rincão deste País, nas áreas mais densas das cidades, aproximando-o da população”.
Ele frisou que a implementação do Programa de Saúde da Família (PSF) “deu corpo à instalação de uma política nacional de atenção básica, que começa e termina com o trabalho dos agentes”. Ainda conforme ele, “a Assembleia e o povo cearense têm uma enorme gratidão ao trabalho dos agentes e todos os 46 deputados da Casa estão à disposição da categoria”.
O relator da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, deputado Domingos Dutra (PT-MA), exaltou a determinação e a mobilização dos agentes. “Eles estão reivindicando uma remuneração digna e condições de trabalho adequadas, numa grande mobilização nacional”, comentou. Ele parabenizou as conquistas da categoria no campo jurídico. “Desconheço que existam trabalhadores que, em menos de oito anos, tenham modificado a Constituição Federal por duas vezes”, frisou.
Ele salientou que, em 2006, foi aprovada a emenda 51, que reconheceu a profissão de agente de saúde como profissional legal, e a emenda 63, que estabeleceu a obrigação do Poder Público de fixar um piso salarial condizente com a função que os agentes exercem.
Dutra pontuou que o projeto da regulamentação “tem como objetivo garantir a efetividade à saúde básica e o salário aos agentes”.
O procurador do Ministério do Trabalho, Antonio de Oliveira Lima, disse que apóia mobilização dos agentes e que o projeto que cria o piso “dá mais dignidade à categoria, que se arrisca por todas as regiões do País e acaba fazendo papel de psicólogo e assistente social”.

EU/LF
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