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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Seminário de Cardiologia debate a hipertensão

As causas e riscos da hipertensão arterial serão debatidos dentro da programação do XXII Seminário Paraense de Cardiologia, que reunirá representantes da classe médica paraense, no período de 24 a 26 de outubro, no Hotel Crowne Plaza, em Belém.
Por ser um órgão vital, o coração também precisa de cuidados especiais. Qualquer falha no seu funcionamento pode levar uma pessoa à morte em menos de um minuto. Um dos principais problemas que afetam a saúde cardíaca das pessoas é a hipertensão arterial. De acordo com estudos realizados pelo Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos houve um aumento significativo de casos de hipertensão diagnosticados no Brasil.
Segundo a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior entre mulheres, representando um total de 25,5% dos entrevistados. Já nos homens, a doença chega a 20,7%. No entanto, o levantamento levou em consideração que as mulheres procuram atendimento médico preventivo com mais frequência, por isso os registros são maiores entre elas.
Além da hipertensão arterial, vários temas como: morte súbita, cardiopatia e gravidez, insuficiência coronária, anticoagulação entre outros serão abordados em cursos, palestras e oficinas. O evento, que é promovido pela Sociedade Paraense de Cardiologia, contará com convidados dos estados do Ceará, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
O cardiologista paraense Eduardo Mendonça explica que a hipertensão pode ter causas secundárias ou também primárias, associadas ao fator genético. “Entre as principais causas secundárias temos a feocrocitoma (doença causada por distúrbio da glândula supra renal) ou coarctação da Aorta (fibrose que causa o estreitamento da artéria  aorta, uma das principais do sistema circulatório); mas pode ser também primária, caracterizado pelo quadro clínico no qual as arteríolas (pequenas artérias) sofrem engrossamento das suas paredes, sendo que o fator genético pode estar presente neste grupo”, concluiu.
O médico destaca ainda que a alimentação também pode ser responsável pelo mal, pois dietas ricas em sal podem levar a doenças coronarianas, pressão alta e derrame. A hipertensão é a principal causa de morte em todo o mundo. “São 7,6 milhões de mortes, por ano. Essa doença causa mais mortes que o câncer e acidentes automobilísticos”, destaca o cardiologista.
Ainda de acordo com Eduardo Mendonça, em média 70% dos casos clínicos da doença não apresentam sintomas, o que a torna ainda mais perigosa, mas acontece de alguns casos serem diagnosticados casualmente. O tratamento é constituído de “redução de sal na alimentação, perda de peso, mudança no estilo de vida através da prática de exercícios e tratamento com medicamentos”, orienta.
Serviço: O XXII Seminário Paraense de Cardiologia será realizado de 24 a 26 de outubro, no Hotel Crowne Plaza, em Belém. A programação iniciará sempre a partir das 17h, seguindo até as 23h.

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