JESABEL ACS COM ORGULHO

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tabagismo e Gestação


A gestação é um momento muito especial para a mulher. Planos, desejos e sonhos já vão sendo criados para o pequeno ser que virá ao mundo.

Inseguranças e questionamentos também surgem:
‘Será que o parto ocorrerá tranquilo?’,
‘Será que vai nascer com saúde?’,
‘Como será seu rostinho?’.

Enfim, toda mãe se preocupa com que o filho nasça bem e saudável. Estas e outras preocupações fazem da gestação o momento propício para repensar o hábito de fumar. Uma gestação sem cigarro traz benefícios em dobro, para a mãe e o bebê. Segundo pesquisas, as gestantes são o grupo da população que apresenta os melhores resultados e melhor relação custo-efetividade na cessação do tabagismo.

Benefícios para a mãe e o bebê

Hoje muitos sabem dos pontos negativos do uso de cigarro, porém poucos sabem que os benefícios de uma vida sem o cigarro são imensos.

1. Já nos primeiros 20 minutos sem fumar a frequência cardíaca se aproxima do normal,
2. Os níveis de monóxido de carbono voltam ao normal em 12 horas e
3. Em 5 dias a maior parte de nicotina já é eliminada pelo corpo.
4. No período de 2 semanas até 3 meses a circulação e a respiração melhoram, tornando a pessoa mais ativa e disposta.

Com a mãe livre do cigarro, aumentam as chances do bebê nascer com o peso normal. O pulmão da criança terá um desenvolvimento funcional sem alterações, reduzindo as chances de apresentar no futuro doenças respiratórias, como asma e bronquite, assim como reduz muito o risco de doenças cardíacas. Também o desenvolvimento neurológico, cognitivo e psico-motor serão mais saudáveis. Outro benefício para a mãe, é que ela perceberá uma melhora no paladar e no olfato. Também evitará passar nicotina pelo leite para criança durante a amamentação.

ATENÇÃO

Vale lembrar que pais fumantes ou outros que fumam e convivem no mesmo ambiente (casa e trabalho) que a gestante devem estar cientes dos riscos do tabagismo passivo, pois a fumaça do cigarro contém substâncias tóxicas que são absorvidas pela gestante e passam pelo sangue para o bebê.

Tratamento 

Algumas gestantes param de fumar espontaneamente assim que recebem a notícia da gravidez, motivadas a proteger o bebê. Entretanto, muitas permanecem fumando ou fracassam em suas tentativas de parar, por não se sentirem confiantes ou preparadas para isto. E há aquelas que aumentam o uso do cigarro, porque muitas vezes fumar reduz o estresse e, em algumas circunstâncias, a gestação pode ser um fator de estresse. Neste momento o aconselhamento e o suporte de um profissional de saúde especializado neste tratamento se tornam indispensáveis.

Sabe-se que intervenções no início da gestação com abordagens breves, claras e objetivas motivam a gestante a pensar sobre o hábito de fumar e são efetivas para o abandono do cigarro.

Há eficácia comprovada de uso medicações e TRN (terapia de reposição de nicotina) juntamente com tratamento psicoterápico na cessação do tabagismo. Nas gestantes, o uso de farmacoterapias deve ser avaliado pelo médico especializado caso a caso.

Atualmente, as abordagens psicoterápicas da Entrevista Motivacional e da Terapia Cognitivo Comportamental são as que demonstram maiores índices de sucesso no tratamento do tabagismo. O tratamento pode ser realizado em grupo ou individualmente, com tempo determinado e com o objetivo de fornecer informações e estratégias necessárias para lidar com os obstáculos encontrados pelas pessoas que querem parar de fumar.

Fortalecer a auto confiança e ajudar as gestantes em prol de uma vida sem cigarro, é a certeza de uma gravidez mais tranquila e  de um bebê com crescimento saudável.



Fonte: Dra. Anita Massafera, CRP: RJ29529

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